POETAS LIMA DUARTINOS II
YMAH
THÉRES
Imaculada
Therezinha Miranda Ribeiro, conhecida literariamente como Ymah
Théres, nasceu em 28 de julho de 1939,em Lima Duarte- MG., e faleceu
no dia 12 de setembro de 2008, aos 69 anos em Juiz de Fora, cidade
para onde emigrou ainda criança, com seus pais.
Seu pai, João leitor voraz e também poeta,muito influenciou sua escrita, e ela o dedicava muito amor e admiração.A poetisa tinha a saúde debilitada e sua produção poética fala de uma solidão sem limites. Formou-se Bacharel em Jornalismo pela antiga Faculdade de Filosofia e Letras - Fafile (UFJF). Apesar do formação de jornalista entrou para a História como uma grande poetisa. Era dona de uma poética rica e delicada.
Aos
24 anos, ingressou na Câmara Municipal de Juiz de Fora, onde, por 28
anos, serviu como chefe e posteriormente, como Diretora da Seção de
Expediente, aposentando-se em 1991.
Durante
mais de 30 anos, colaborou como articulista em inúmeros periódicos
mineiros.
JORNAIS
COM OS QUAIS A POETISA COLABOROU:
1.
GAZETA COMERCIAL- Juiz de Fora, MG.
2.
JORNAL RODA VIVA ( Órgão das ex-alunas do Colégio Stella
Matutina)- Juiz de Fora, MG.
3.
FOLHA DA MANTIQUEIRA Juiz de Fora, MG.
4.
DIÁRIO MERCANTIL - Juiz de Fora, MG.
5.
O IMPARCIAL de Rio Pomba, MG.
6.
CORREIO DO SUL - Varginha, MG.
7.
TRIBUNA DE MINAS - Juiz de Fora, MG.
8.
JORNAL DO POVO - Lima Duarte, MG.
9.
JORNAL O LUME - Juiz de Fora, MG.
10.
JORNAL VIVA A VIDA( de Cida Rigotti)- Juiz de Fora, MG.
11.
BOTIJA PARDA de Araguari, MG.
12.
SUPLEMENTO LITERÁRIO DE MINAS GERAIS - Belo Horizonte, MG.
13.
VOZ DE SÃO JOÃO DE São João Nepomuceno - MG.
Ymah
Theres era
membro titular e fundadora da Academia Juizforana de Letras (1982).
Teve seu talento reconhecido por meio de inúmeras premiações e
menções honrosas recebidas em diversos concursos literários.
SEUS
LIVROS:
1973
- ELEGIAS. Juiz de Fora: Esdeva. (poemas)
1985
- ESCRÍNIO/ ASA DE BORBOLETA). Juiz de Fora: Cave. ( poemas em
parceria com seu pai, poeta João Ribeiro de Oliveira
1986
- MUSGOS E GERÂNIOS Juiz de Fora: Esdeva. ( poemas em prosa e
verso):
1987
- BIGODINHO, O GATO ENJEITADO. Juiz de Fora: Cave. ( infantil).
1988
- CANÇÔES DE CONVÉS OU DO AMOR PRESSAGO. Juiz de Fora: Gráfica e
papelaria Gonçalves. (poemas).
1989
- HAICAIS. Juiz de Fora: Gráfica e Editora FORMIGA MARIA..
1991
- NA CONCHA DO OUVIDO. Juiz de Fora: Zas Gráfica e Editora. (prosa
poética)
1992
- DIÁRIO ESPARSO DE MARIANA. Juiz de Fora: Zas Gráfica e Editora.
(prosa Poética).
1992
- SOLO DE FLAUTA DOCE. Juiz de Fora: Edições de Minas.
(poemas).
1992
- ACERVO DE CRISTAIS. Juiz de Fora: Edições de Minas. (contos e
outros textos).
1992
- TREZE CARTAS DOS VENTOS DE AGOSTO). Juiz de Fora: Edições de
Minas. (prosa poética).
-
Dos arquivos do anjo dromedário.
1993
- ANJO, ALAÚDE ; PAIXÕES. Juiz de Fora:Edições de Minas .
1994
- FLOR e CIPRESTE: JOâO RIBEIRO DE OLIVEIRA. Juiz de Fora: Edições
de Minas (Publicação / Póstuma de poemas do Pai da autora).
1994
- MENINA COM FLOR. Juiz de Fora: Edições de Minas. (poemas).
1998
- RAMILHETE E ALECRIM. Juiz de Fora. (editoração eletrônica:
William F. Ruheno).
1999
- FLOR DE OUTONO. Juiz de Fora
2003
- ANELO DE LUA NOVA . Juiz de Fora: Funalfa.
A
Associação Caminho da Serra, na Beira Rio, em Lima Duarte é a
guardiã de pertences e objetos pessoais de Imah Théres, doados após
seus falecimento em 2009, por sue primo - irmão Alexandre de Miranda
Delgado. Uma sala chamada Sala da Poesia, foi construída para
resguardar esse acervo, aberta à visitação. Lá estão sua rica
bilioteca(prova de sua erudição e bom gosto literário, suas
fotografias e quadros pintados por amigos artistas. Um local para se
reverenciar e louvar sua memória a poesia!
Segue
um de seus poemas, de que muito gosto...
ENIGMA
Desarmado,
o coraçãoo
reborda
a orla do poço,
que
segue além do limite
do
alcance amorfo da mão.
E
as
coisas vãs se transformam,
se
transmigram, se mitigam
no
consumido silêncio
que
redime esse sol-posto
das
ventanias possessas.
É
o amor devagarinho
formando
o ocaso do enredo
que
folgou de brisa e invento
no
eterno e puro brinquedo.
E
os anjos, com seus arminhos
de
alaúdes afagados,
sorriem,
leves, sorriem
mas
fogem com suas asas
pra
longe, prum outro lado.
Sem
flor ou cor, sem perfume
de
gerânio macerado
no
inenarrável segredo
vencido,
desvencilhado.
Ymah
Théres
Juiz
de Fora, 24 . 03. 99