quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Caminhos antigos I


Sempre me interessei pelo traçado dos antigos caminhos. Toda vez que posso saio a percorrê-los, a pé, a melhor forma de poder conhecê-los e entendê-los. Sim, entendê-los, pois na maioria dos casos os caminhos que hoje usamos não tem nada a ver com os caminhos antigos. Quem hoje vem de Juiz de Fora para Lima Duarte, passa pelo Bairro Piúna ou Patrimônio, na maioria das vezes e nem imagina que a antiga estrada chegava pelo Barulho, seguia pela hoje Rua Sete de Setembro, passava pela Paradinha, passava em frente à Jong para só depois tomar a rua que dá no centro, hoje chamada Antonio Carlos e antigamente denominada Rua XV de Novembro.Mas pergunta-se: por que tantas voltas. Primeiro havia o brejo e seus atoleiros, num tempo em que o Córrego do Bom Retiro tinha água e lambari...Depois a estrada de ferro esgotou o brejo, aterrou a várzea e permitiu a passagem dos trilhos.Esse foi o caminho de quem chegava a Lima Duarte de carro, a cavalo ou de carro de boi até a inauguração da BR 267 em 1973.Uma pequena alteração ocorreu nos anos 1950, quando abriu-se uma rua onde hoje fica a Cooperativa, encurtando o trajeto e eliminando a subida da ladeira em frente à Jong. O caminho que hoje conhecemos surgiu depois que a BR 267cortou e interligou o que hoje chamamos de Tês Porteiras, Piúna e Afonso Pena (Pau doOco), um pouco depois da extinção do ramal  da Estrada de Ferro Central do Brasil. A foto antiga, extraída do site www.estações ferroviárias.com.br, mostra Lima Duarte por volta de 1950. Dá pra ver a antiga linha de trem e a entrada de que falei, passando em frente à estação no canto superior direito.

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