quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Uma Santa em minha vida...

Morei desde pequeno na rua Joaquim Otaviano(antiga General Setembrino de Carvalho), caminho de quem segue para São José dos Lopes, Mogol, Ibitipoca e adjacências. Como bons católicos, meus pais nos levavam todos os domingos à missa, celebrada na Igreja de Santa Teresinha. Vem daí a minha relação com essa santa e a igreja que leva seu nome. Passei nessa igreja boa parte de minha infancia e juventude, assumindo várias funções de caráter pastoral e administrativo, tornando-me assim, conhecedor e guardião de sua história.
A idéia de se construir uma igreja dedicada à Santa Teresinha em Lima Duarte surgiu por ocasião de sua canonização em 1925, por influência de um padre alemão que a conheceu em Roma e que foi vigário de Lima Duarte: Carlos Muller. A idéia tomou força mas o Bispo de Juiz de Fora negou a licença para construção enquanto não se conseguisse mais dois lotes para o patrimônio, julgados necessários para tal. Somente em 1951, conseguiu-se os dois lotes, doados por Dona Maria Tomé, que somados ao terreno já adquirido no chamado Pasto dos Alves, tornaram possível a liberação da licença. Iniciadas as obras em junho de 1951, seriam coroadas de êxito em 05 de Outubro de 1952, com a benção da Capela, sem forro e muro de arrimo A planta original, desenhada e doada pelo engenheiro da Estrada de Ferro Central do Brasil, Mário Lacerda Werneck, previa um prédio com formato em cruz, em estilo românico ogival, com torre central, coro e nave única. Por razões que ignoro(talvez economia), foi alterado e gerou o que ainda se vê hoje. Tive acesso a essa planta e pude conferir as alterações.O prédio, inclusive com seus arcos ogivais, é todo em alvenaria de tijolos sendo o madeiramento do telhado trazido da Serra do Gavião localidade situada entre Andorinhas e Mogol.Os alicerces são em pedra seca, costume da época. A torre teve seus alicerces construídos, mas não chegou a ser erguida, ficando por muitos anos o buraco no forro por onde passaria.No centro, foi erguido um altar onde se entronizou a imagem da santa francesa, com 1m20 de altura, ladeada por dois belos anjos tocheiros. Do lado direito de quem entra pela porta principal,  foi entronizada uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, com 1m00 de altura(doada por Jacintho Honório de Paula), e do lado esquerdo uma imagem do sagrado Coração de Jesus, também com 1m00, doada por Pedro Cândido Delgado.Em 1968 a igreja seria forrada e receberia o muro de arrimo que sustenta o adro. Seguindo a moda que se verificou em muitos lugares nessa época, má interpretação das idéias do Concílio Vaticano Segundo, a imagem da padoeira seria destituída de seu altar, levada para o lado direito de quem entra e substituída por uma imagm do Crucificado. Deram sumiço nos anjos tocheiros, na imagem do Sagrado Coração de Jesus e na de Nossa Senhora Aparecida. Em 1986, a igreja passa por reforma novamente, com a retirada do forro, nova pintura, construção de dois banheiros e fixação de gradio no adro. Em 2000, teve início outra reforma, que ampliou as capelas laterais, reintronizou no altar central a imagem da padroeira, acrescentou ao prédio uma abside, um trifório, elevou o presbitério e acrescentou duas salas de reuniões, dedicadas ao uso tanto da comunidade e do bairro, quanto para as pastorais. Mais tarde,em 2008 a igreja ganharia ao lado um salão de reuniões.As fotos que anexei registram o prédio em construção, e coisa rara, a equipe de operários que nele trabalhou. Reconheci apenas um deles: José Idalino do Nascimento, pai da professora Maria Rosa do Nascimento. A foto foi-me doada por Maria Celeste Guimarães, filha de Nelson Guimarães, Mestre de Obras que coordenou o trabalhos de construção.Pesquisarei para identificar os outros: Devo-lhes isso.

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